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NOTA DE IMPRENSA A VIDA ESTÁ LÁ FORA

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Academic year: 2021

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NOTA DE IMPRENSA

A VIDA ESTÁ LÁ FORA

ANDRÉ ALVES | ANTÓNIO JÚLIO DUARTE | BRÍGIDA MENDES | DANIEL

BARROCA | JOÃO ONOFRE | JOÃO PAULO SERAFIM | JOSÉ LUÍS NETO | MARTA CASTELO | NUNO DA LUZ | PEDRO BARATEIRO | RICARDO JACINTO | SUSANA ANÁGUA | SUSANA GAUDÊNCIO

Torreão Nascente da Cordoaria Nacional. De 18 de setembro a 16 de outubro de 2016

A VIDA ESTÁ LÁ FORA é uma exposição que tanto sugere uma divagação nostálgica, como uma insurreição contra o simulacro que nos encerra e que nos apela a sair, para fora de nós. Após a invenção da perspetiva como sistema de representação, a figuração deslocou-se para o lugar do espectador — para a forma como o mundo se lhe apresenta e interpela o olhar e os sentidos. Assim o exercício da representação desinteressou-se do real preferindo explorar os mecanismos que o percecionam ou o seu simulacro. O simulacro, no limite da sua perfeição, fixa uma realidade paralela, que é controlável e por isso preferível ao original. Paradoxalmente, parece garantir também uma espécie de “acesso imediato ao Real”.

A VIDA ESTÁ LÁ FORA lança um convite para um percurso no qual categorizamos os simulacros em três temas. Num primeiro momento, num contexto imaginário a que chamámos COMÍCIO, evoca-se o aglomerado social e a utopia de entendimento. A linguagem une a humanidade na igual proporção em que a divide, organiza-a segundo escalões de poder e estratifica-a burocraticamente. Quer como instrumento de controlo remoto quer como miragem de rutura, liberdade e de entendimento, a comunicação está povoada das interferências de uma maldição babélica.

Num segundo momento, na zona CINEMATÓGRAFO, artilha-se um mecanismo de imersão. A experiência no cinema é, primeiro, física: o silêncio e a escuridão, simultaneamente individual e coletiva. O pulsar do sangue e a intermitência da respiração tornam-se audíveis no escuro. Despertado o cinematógrafo – a cada

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grão de luz na engrenagem, no ruído, na desfocagem, na dissolução da imagem – ele opera como a memória: de forma anacrónica, em sobreposição, em direto, diferido e em looping.

Num terceiro, e último momento, um JARDIM imaginário prefigura a réplica perfeita. Vagamente evocativos de recreio, os jardins e os parques são espaços de interrupção da vida ativa para dar lugar ao lazer e convívio ao ar livre, de forma moderada, controlada e circunscrita por uma vedação. Convocam-se em tom nostálgico as naturezas-mortas, as paisagens ausentes, os taxidermistas e as classificações num território-maqueta estagnado, pantanoso e labiríntico.

Tudo termina onde começa: na linha de horizonte, o cordel omnipresente que nos informa das orientações e medições que temos do mundo. Este está num beco e esconde uma mensagem. Aproximamo-nos para ler: A vida está lá fora (título da peça homónima de André Alves).

A VIDA ESTÁ LÁ FORA é uma exposição concebida pelos alunos da primeira edição da pós-graduação em Curadoria da Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

ATIVIDADES EM TORNO DA EXPOSIÇÃO Visitas orientadas | conversas

Sábados, dias 24 de setembro e 15 de outubro, às 17h.

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